A música eletrônica começou a se popularizar com o surgimento dos sintetizadores digitais, posteriormente com os samplers, porém o “boom” ocorreu com os computadores pessoais que possuem recursos de áudio e a facilidade para se montar um home – studio, sendo possível emular as funcionalidades de instrumentos musicais ou de sintetizadores através da criação, manipulação e apresentação virtual de som.

A popularização destes instrumentos fez surgir, no mundo, diversos artistas que passaram a se dedicar exclusivamente a música eletrônica, aparecendo diversos estilos, tais como a música industrial, a música eletrônica dançante, que se ramificou em House, Trance, Acid House, Techno, Hardcore Techno, Breakbeat, Drum n Bass, Ambient, Tribal, entre vários outros.

O Brasil possui, atualmente, alguns dos melhores profissionais da música eletrônica do mundo, transformando-se em palco para criação e desenvolvimento deste estilo musical.
Pode-se resumir a música eletrônica como “a música produzida a partir de não-instrumentos, ou de instrumentos adaptados para produzir som modificado pela eletricidade”.

Entretanto, no Brasil surgiu, um novo estilo de música eletrônica denominada Electronic Live Music, que é a inserção e modificação do som pela eletricidade no exato momento em que a música está sendo propagada, ou seja, a música vai sendo modificada ao mesmo tempo em que está sendo executada ao vivo.

Um elemento importante para o desenvolvimento da música eletrônica dançante foi o desenvolvimento das raves. Tais festas de música eletrônica começaram como uma reação às tendências da música popular, a cultura de casas noturnas e o rádio comercial. Seu objetivo primordial era a interação entre pessoas e elevação da consciência (uma fuga da realidade) através de diversas formas de arte. A música eletrônica teve papel fundamental em tais festas na medida em que proporciona através das batidas repetitivas e progressivas um efeito hipnótico nos participantes, potencializado às vezes pela utilização de entorpecentes. A partir do desenvolvimento do estilo eletrônico na década de 1980 foram promovidos eventos em regiões rurais destinados a reunião de pessoas, dança e utilização de ecstasy. De forma análoga, o da década de 1960 pregava a reunião das pessoas e a utilização de drogas (especialmente o LSD) como forma de elevação de consciência. Mesmo com a reação negativa da mídia em relação a tal cultura o estilo foi se desenvolvendo, resultando em um estilo de vida para os participantes.

Sub-gêneros da música eletrônica:

House – É uma evolução da disco music, uma versão mais robotizada que usa samples de vocais e melodias. Tem uma média de 130 batidas por minutos (bpms).

Techno – Utiliza efeitos e melodias mais condensados com poucas notas, é intenso e reto. Tem entre 135 a 150 bpms.

Trance – Desdobramento do Techno, as melodias têm atmosfera viajante, recheados de efeitos especiais que vão crescendo ate alcançar um ápice eufórico. Tem em torno de 140 bpms.

Drum n’ Bass – Tem base rítmica acelerada e batidas quebradas. As bases são quase sempre feitas com baixos fortes e prolongados. Tem em media 160 bpms.

Electro – Combinação de hip-hop e e-music. A nova geração do electro, o electroclash, acrescenta elementos pop-rock dos anos 80.

Minimal – É uma versão ’light’ do house e do Techno. As melodias apresentam menos elementos sonoros (batidas, teclados, vocais e samples), com o intuito de se criar uma certa introspecção e um certo individualismo dentro da pista de dança.

Breakbeat – Mais conhecido pelos samplers dos ritmos hip-hop, funk e electro e que logo se modificam e alteram para criar os denominados ’breaks’.

Trance Psicodélico – Este estilo tem uma batida rápida, entre 135 e 165 bpm, além da batida forte de kick, que algumas vezes difere do techno por ter um alcance de freqüência um pouco mais alto, além dos sons graves.