Quando deixei de te amar foi como sentir a brisa de um ecstasy diminuindo. A euforia cessou, a visão foi ficando mais clara, a mente foi se acalmando e os BPMs do meu coração desaceleraram.

 A situação em que me encontrei era desprezível, um notável cansaço físico e mental: olheiras profundas, cabelo desgrenhado…a boca seca, desidratada de tua saliva, o corpo talvez alguns quilos mais magro, e um sorriso torto e forçado, que sorria sem vontade.

A bad trip durou um certo tempo confesso, por alguns dias me pareceu infinita. Impossível acreditar que todos aqueles abraços, beijos e juras de amor eterno não passaram de contentamentos momentâneos.
Vai ver era o som, alto demais para decifrar todas as palavras.
Vai ver era o sol, fazendo-nos confundir hipertermia com desejo.
Ou quem sabe todas aquelas alucinações, momentos de descontrole e perca de sentidos foram simplesmente para, ao voltar ao meu estado normal, perceber ilusão a qual tinha acabado de viver. E me sentir ridícula.

“Nunca mais”, pensei comigo mesma. Nunca mais me entrego a esse turbilhão de sensações, a esses sentimentos desvairados, a essa dança desordenada que é o amor.”

Talvez os maiores loucos sejamos nós. Talvez seja culpa do tal “Carpe Diem” e aquela história de querer viver cada momento como se fosse o último…não que eu me arrependa, levo isso como a melhor das filosofias de vida, mas é simplesmente engraçado do dia pra noite deixar de idolatrar aquele vertente que um dia tanto me fez feliz e parecia ser eterna.

 

 

 

Vivendo e aprendendo, ou melhor, se surpreendendo.

O arrependimento já cessou, assim como a desilusão na alma e a sensação de nunca mais querer dançar…pois nessa pista de dança louca que é a vida, viradas intensas não faltam até que eu encontre um novo par.”

Post enviado por Rebecca Berttoty.