Assim como muitos americanos continuam a exaltar a maconha como uso medicinal e recreativo, alguns adversários estão se voltando contra. Pesquisadores acadêmicos e formuladores de políticas contra a legalização da maconha, eles incitam que seu uso é muito perigoso, arriscado, e não testado. O debate parece não ter fim, agora uma gama de empresas parece estar financiando essas controversas pesquisas.

O site americano vice encontrou muitos destes pesquisadores que normalmente combatem o uso da maconha para relaxamento e contra dores, relacionados nas folhas de pagamento de grandes indústrias farmacêuticas que fabricam na grande maioria remédios contra dor(analgésicos).

leading-anti-marijuana-academics-are-paid-by-painkiller-drug-companies-body-image-1410095755

Pegue por exemplo, o Dr. Herbert Kleber, da Universidade de Columbia. Kleber tem credenciais acadêmicas impecáveis​​, e foi citado na imprensa e em publicações acadêmicas contra o uso da maconha, ele enfatiza que o uso pode causar dependência e problemas de saúde pública. Mas quando ele é citado sobre seus artigos anti-maconha em redes mundiais como CBS News, NPR e CNBC, o que não é dito é que Kleber tem servido como um consultor pago às empresas de medicamentos de prescrição líderes, incluindo Purdue Pharma (a fabricante do OxyContin), Reckitt Benckiser (o produtor de um analgésico chamado Nurofen), e Alkermes (o produtor de um novo e poderoso opiáceo chamado Zohydro).

Kleber, que não respondeu a nenhum pedido de comentário ao site vice, mantém influência importante no debate sobre a maconha. Por exemplo, seus artigos tem sido citado pela Associação do estado de Nova York dos Chefes de Polícia em sua oposição à legalização da maconha, e foi publicado pela American Psychiatric Association em advertência a declaração da organização contra a maconha para fins medicinais.

Talvez essa relação financeira que Kleber tem com empresas farmacêuticas poderia ser visto como um conflito de interesses?
Estudos descobriram que a maconha pode ser usada para o alívio da dor e até como um substituto para os principais analgésicos. A indústria de analgésico opióide é um negócio multibilionário nos EUA que tem enfrentado críticas crescentes de especialistas, porque os analgésicos agora causam cerca de 16.000 mortes por ano, mais do que a heroína e a cocaína juntos. Pesquisadores veem a maconha como uma alternativa segura para produtos opióides como OxyContin, e não há mortes por overdose conhecidos por maconha.

Outros líderes opositores acadêmicos de maconha têm ligações com a indústria de analgésicos. Dra. A. Eden Evins, professora associada de psiquiatria da Harvard Medical School, é uma crítica freqüente dos esforços para legalizar a maconha. Ela faz parte do conselho de um grupo de defesa anti-maconha chamado Projeto SAM, que foi citado pelos principais meios de comunicação que criticam a onda de novas reformas relacionadas com a maconha. “Quando as pessoas vão a ‘clínicas’ ou ‘cafés’ e compram maconha, isso cria uma percepção de que é seguro”, ela disse ao Times no ano passado.

Notavelmente, quando Evins participou de um comentário sobre a legalização da maconha para o Journal of Clinical Psychiatry, a publicação descobriu que ela tinha relacionamentos financeiros com a Pfizer, ela era uma espécie de consultora para Pfizer e DLA Piper. Em 2011, a empresa adquiriu a King Pharmaceuticals (os fabricantes de vários produtos de opióides) e atualmente está trabalhando para introduzir o Remoxy, um concorrente OxyContin.

Dr. Mark L. Kraus, que é diretor de uma clínica privada e membro da American Society of Addiction Medicine, apresentou depoimento em 2012, em oposição a uma lei de maconha medicinal em Connecticut. De acordo com divulgações financeiras, Kraus serviu de consultivo científico para empresas de analgésico como Pfizer e Reckitt Benckiser no ano anterior ao seu ativismo contra o projeto contra a maconha medicinal. Nem Kraus ou Evins responderam a um pedido de comentário.

Estas revelações acadêmicas dão mais argumento ainda que as indústrias farmacêuticas mantêm laços para o lobby da proibição da maconha.

Como a ProPublica informou, pesquisadores financiados pelas indústrias de analgésico ajudaram a alimentar o vício mortal da América em opiáceos como OxyContin e Vicodin. Estes acadêmicos, com financiamento de grandes empresas analgésicos, incentivaram os médicos a prescrever estas drogas para uma série de questões de alívio da dor, levando a onde a situação se encontra, com os EUA sendo o maior consumidor mundial de analgésicos e a capital da overdose do planeta. O que eles diriam sobre a academia médica dos EUA hoje? Que muitos dos envolvidos nas investigações estão agora em pé fumando um baseado e pensando no que fizeram.

Tradução livre do artigo Leading Anti-Marijuana Academics Are Paid By Painkiller Drug Companies disponível neste link