O movimento trance já data de longa data em alguns lugares do mundo, por volta do começo dos anos 90 esse turbilhão de novas perspectivas sobre diversão e consciência começou a tomar forma no noroeste da India mais precisamente em [highlight]Goa[/highlight], a maioria das pessoas que frequentavam essas festas e festivais eram pessoas mais alterativas vindas principalmente da Europa e com um fluxo maior de pessoas da Alemanha onde o trance é levado a sério e já conta com mais de 20 ano de existência, em 2011 pude comprovar que os alemães realmente levam isso a sério com suas famílias sendo baseadas nessa ideologia de consciência.

Aqui na América latina especialmente no Brasil o trance já é forte também com cerca de 15 anos de existência esse movimento e ideologia foi trazido por pessoas com uma visão mais aguçada do mundo e de suas multiculturas, há festas e festivais que já tem essa idade como por exemplo o [highlight]Universo Paralello[/highlight] que já conta com 13 anos de vida e crescendo.

Festivais na América Latina e lá foram são bem diferentes, aqui nosso povo é “caliente” e mais festeiro lá fora as coisas são um pouco mais sérias até pela perspectiva de cada povo e personalidade diferente, não que isso seja ruim, muito longe disso da pra se ver que o movimento abrange diferentes culturas em volta de significados básicos como a dança e a música transcendental.

Durante um tempo o movimento passou por dificuldades de estabilização e deterioração de suas principais vigas de sustentação com a invasão do main stream, com essa dificuldade o que mais se pode ter certeza é que muitas pessoas realmente gostam e vivem pra isso, algumas festas cresceram e viraram festivais, alguns festivais se estabilizaram na cena impondo perspectivas novas e valores baseados no estilo de vida trance.

Há 2 anos atrás muito se falava no fim das festas com sua proibição e boicote pelas autoridades, na contra-mão dessa ideia apareceram festas como a Shiva Trance, Chidnéris, Zuvuya Festival, Samsara, Respect e outras mais que mostraram seus valores a todos e “converteram” muitas pessoas a esse movimento mágico e festivo onde a dança e a música nos fazem conectar ao ambiente em que vivemos.

Valores invertidos, sociedade decadente, capitalismo sem precedentes, essa é nossa atual situação, mesmo assim dançamos desvairadamente que nem loucos entre o tempo e espaço caminhando em nossa ideologia e com nossos valores fundados no bem, na paz e na vida!