E foi dada a largada!
Este ano vai rolar mais uma edição do melhor festival do Brasil e um dos principais festivais alternativos do mundo, o Universo Paralello. Confira a experiência de quem já atravessou os 7 mares para poder participar desse que é um dos festivais mais respeitados do planeta, batemos um papo com Martin Milliarino, um sueco que já teve a oportunidade de rodar meio mundo pelos mais diversos festivais.

Como você conheceu o festival e porque decidiu ir para o Universo Paralello?
Nós assistimos alguns vídeos no youtube sobre o festival, temos alguns amigos aqui na Suécia que já tinham ido e sempre falaram muito bem, certa vez no Ozora estávamos conversando com o Tristan se ele recomendaria ir para o Unvierso Paralello e ele disse que com certeza essa era uma coisa que nós deveríamos fazer, ele falou sobre a experiência única das praias do nordeste do Brasil e que todas as vezes que ele tocou lá foram ótimas.

Como foi sua experiência para chegar até o festival? Teve alguma dificuldade? 
Na primeira vez nós compramos o transporte oficial que o Universo Paralello oferecia e não tivemos nenhum problema, foi tudo bem tranquilo, o transporte saía do aeroporto e nos deixava bem na entrada, agora na segunda vez tentamos economizar e contratamos uma empresa que fazia esse trajeto, depois de horas esperando eles aparecerem já começamos a desconfiar que tínhamos sido enganados, havia algo em torno de 100 pessoas no aeroporto que haviam contratado essa empresa, todos com os ticket do transporte pago e estressados por termos sido roubados, depois de horas decidimos contratar uma van privada com umas pessoas que estavam lá no aeroporto, só então que conseguimos chegar ao festival.

Conte-nos um pouco sobre sua experiência no Universo Paralello, os pontos bons e os pontos ruins sobre o festival.
Nós fomos 2 vezes para o Universo Paralello, na primeira vez ficamos um pouco perdidos, não sabíamos bem o que poderíamos encontrar, foi um pouco difícil de encontrar sombras e lugar para acampar, na segunda vez foi bem melhor, estávamos mais desencanados e desapegados, fizemos muitas amizades, acampamos num lugar ótimo, a vibe estava perfeita.

Todas as vezes foram ótimas, a estrutura do festival não deixa a desejar em nada em comparação a outros festivais ao redor do mundo, quase nunca havia fila para comprar comida e bebidas e os banheiros sempre limpos (uma coisa que não é trivial em festivais?, normalmente os banheiros são bem sujos), um ponto negativo porém foi que na última vez que fomos ocorreram muitos cancelamentos de última hora como Ace Ventura, Liquid Soul, Symbolic e alguns outros, acho isso muito ruim porque o festival estava usando isso nos flyers e divulgação.

Meu nome é Martin Milliarino, sou da Suécia mas vivo há 3 anos na Espanha, tenho 43 anos, meu primeiro festival foi o Ozora em 2010 e jamais vou esquecer quando chegamos no festival aquele ano e fomos montar nossa barraca quando de repente começou uma chuva muito forte de granizo, eu estava muito bravo e estressado e falei pra minha esposa que jamais voltaria naquele festival, até que passados 6 dias estávamos lá com a galera toda na pista e o DJ estava fechando o main stage do Ozora, eu olhei para minha esposa e comecei a chorar e falei que não queria mais voltar para casa, depois disso percebi que estava realmente apaixonado por festivais de trance, após essa primeira experiência já fui em edições do Sun Festival, Tree of Life, Burning Mountain, Boom Festival, Transition Festival, Connection Festival, todos os anos desde 2010 em todas as edições do Ozora Festival e também em Goa algumas vezes.

Foto destaque por Murilo Ganesh