De volta a triste realidade, é hora de refletirmos e absorvermos tudo que o Universo Paralello nos proporciona, foram momentos incríveis e inesquecíveis.
Volto carregada de boas energias e de inspiração para continuar a jornada fora do mundo utópico que vivemos no UP.
Para mim essa edição foi mil vezes melhor do que a passada, apesar de ouvir várias reclamações, não vi nada de errado na estrutura do festival.

O primeiro dia teve fila na entrada, eu mesmo fiquei 4 horas esperando, o que acho normal para um festival do porte do Universo Paralello. São muitas pessoas chegando ao menos tempo e é óbvio que todo o processo de entrada demore um pouco.
Achei incrível como as pessoas reclamam de tudo, são acostumadas a reclamar, já virou mania.

Reclamam da fila do caixa, sendo que é só voltar 1 hora mais tarde, ou ir em outro caixa.
Reclamam que os chuveiros e banheiros estavam cheios, mas não tem a coragem de andar pelo festival e procurar outro lugar vazio.
Eu não peguei fila para tomar banho nenhum dia, fila no banheiro só quando a pista estava muito cheia e demorava no máximo 2 minutos.

Os preços não são baratos, nem nunca vão ser,  uma dose de catuaba por $12 é realmente muito caro, mas não vai adiantar ficar se lamentando o festival inteiro.
Então galera… parem de reclamar de tudo e sejam menos preguiçosos, afinal o UP não é uma colônia de férias onde você tem tudo de mão beijada!

Agora… falando do que interessa!!!
O Main Floor estava lindo, desde o palco, até a estrutura da tenda e pista, tudo feito com bambus, palco super colorido, muita sombra e aspersão quase na pista toda.

Infelizmente o line-up ficou bagunçado quase o festival inteiro, no primeiro dia aguardávamos ansiosos pela sequência: Laughing Buddha; Brainiac; Materia; Juno Reactor; Via Axis. Destes, somente Via Axis tocou, os outros tocaram em outros dias e horários, e acabamos perdendo muito DJ que queríamos ver. Mas a maior frustração foi a falta do Ajja, que iria tocar em vários projetos, mas infelizmente não pode comparecer no festival.

A pista bombou também em outros momentos, como  no dia de Fabio & Moon seguido de Neelix. E também no dia de Day Din, e Loud.

Mas o dia mais animado e vibrante do Main Floor foi com certeza o dia do goa, dia 02/01 começou bem cedinho com Inê, na sequência AodioiboA; Psychowave; Eletric Universe; Green Nuns of the Revolution; Rica Amaral; Pleadians.
A pista estava lotada, sair daquele meio pra comprar uma ceva era tarefa árdua, a galera vibrava com cada melodia envolvente do goa.

Psychowave como sempre foi ótimo; Eletric Universe também foi muito bom; Green Nuns of the Revolution dispensa comentários, todas as vezes que vejo fico hipnotizada com o som, é vibrante, psicodélico, dançante, a união perfeita de tudo; Rica Amaral é outro que dispensa comentários, o tipo de DJ que a gente não se cansa de ouvir e apreciar, sabe conduzir a pista de dança e colocar todos na mesma sintonia; Pleadians é um live que você tem que ver de perto, o cara é uma figura, além do som ser muito bom.

Seguindo do dia 02/01 para o dia 03/03 com uma madrugada pra ninguém colocar defeito: Dirty Saffy; Ianuaria; Gaspard; Yab Yum; e nesse meio ainda teria Ajja, que não pode comparecer.
Alguns nomes que também merecem destaque… como a Thaty, que fez um set incrível às 07:00 da manhã, pra todo mundo já acordar feliz! Merkaba, que eu pessoalmente não vi, mas todos disseram que foi incrível. E também Space Tribe, que foi demais.

O 303 Stage foi uma festa à parte, pista super aconchegante na beira do mar, com uma decoração muito bacana, e sequências de tirar o fôlego da galera.
Um dos dias mais cheios foi sem dúvida o dia 30/12, Solar Spectrum; Flip Flop; The First Stone; Hujaboy; Thatha; Circuit Breakers.
Nesse mesmo dia e horário tocou Neelix e uma sequência  de prog. no Main Floor, isso dividiu bem a galera, mas as duas pistas ficaram lotadas.
Nós ficamos no 303 Stage apreciando The First Stone, que é sempre encantador de ver.
Ainda no 303 Stage, rolou Men 2 Deep; Space Tribe; Rinkadink Old Schol; e muita coisa boa.

Esse ano o Universo Paralello teve música para todos os gostos!

No Chill Out rolou muita coisa boa, mas ele estava bem pequenininho, nem parecia um palco, o que não impediu que ele ficasse lotado nas horas mais aguardadas, como Rica Amaral e Multisambafonico.

O Palco Paralello foi bem ao lado do Chill Out e também teve momentos incríveis como Pedra Branca, The Peaking Goddess Colective, e o show inesquecível do Criolo, que foi na abertura do Palco Paralello dia 29/12, a pista ficou lotada até a praia.
O show foi demais, valeu muito a pena presenciar esse momento!

O UP Club também agradou muito a galera que curte o estilo de som.
Eu particularmente dispenso, mas dizem que o clubinho também teve seus momentos inesquecíveis e um deles foi no dia 01/01 quando Alok tocou.

Na beira da praia teve o Tortuga Stage, uma pista pequenina e charmosa, que foi dedicada para novos talentos e para divulgar festas novas com um som bem eclético, desde house, funk e black music, até rock, rockabilly e psychobilly.

O Circulou como sempre estava presente, com a área de cura, circulinho para as crianças, galeria paralella, cozinha comunitária e muita cultura, apresentação folclórica, intervenções e também palestras.

Difícil é colocar aqui em poucas palavras o que foi o Universo Paralello, tentar explicar e passar para vocês um pouquinho do que é essa cidade montada na beira da praia de 2 em 2 anos. Um lugar incrível, inesquecível e que é capaz de mudar a vida de quem vai com a mente aberta para novas experiências.
E voltamos para casa assim…felizes por momentos vividos e muito aprendizado na bagagem, e ao mesmo tempo triste por deixar tudo aquilo para trás e voltar para nossa realidade.
Daqui 2 anos nos vemos novamente!
Obrigada UP#12 pelos momentos inesquecíveis.