Essa semana chegou aqui em casa a revista SKOT. Uma revista Brasileira voltada a cena trance.
Fiquei muito feliz em saber que existem pessoas aqui no Brasil engajadas em levar informação de qualidade e disseminar a cultura trance.
Inspirada na europeia Mushroom Magazine , a nossa brazuca SKOT tem um formato super bacana, com textos inspiradores, informações sobre festivais, entrevistas, novidades e curiosidades do mundo trance, além de uma agenda com todos os festivais que vão rolar pelo Brasil.
A SKOT é uma revista trimestral e tem uma edição novinha que acabou de sair, a assinatura por 12 meses custa $30,00 e pode ser adquirida nesse link Aqui.

O PurpleTrance teve o prazer de conversar com Bruno Martins idealizador da revista SKOT, confiram as inspirações e desafios que ele teve que enfrentar para colocar a SKOT em circulação!

PurpleTrance – Como e quando surgiu a ideia de criar a SKOT?
Bruno Martins – Começou no UP, após minha experiência no Universo Paralello eu havia decidido que queria contribuir com algo sólido para a cena. Eu nunca me considerei uma pessoa talentosa artisticamente, não sei mixar, produzir música ou evento, nem ao menos trabalhar com fio encerado! Hahahaha Porém, eu conheço material editorial, trabalho em uma gráfica a mais de dez anos, entendo do início ao fim do processo e já era um grande fã do trabalho da Mushroom Magazine.
No decorrer de 2014 que busquei me informar sobre os meios de comunicação da cena, existem diversas mídias fantásticas na internet, com conteúdo variado e denso, mas o trabalho de uma revista impressa ainda é um trabalho que é enxergado de forma diferente, tanto pelo nosso público quanto pela sociedade.
O fato de você investir dinheiro para imprimir uma informação e garantir que ela se propague fisicamente demonstra uma responsabilidade e esforço maior com aquilo que está sendo divulgado e foi isso que me levou a lançar a revista em Novembro do ano passado. A cena precisa de mais profissionalismo e seriedade. Não desmerecendo as outras mídias, só é um trabalho diferente, a Mushroom existe impressa há 20 anos na Europa.

PurpleTrance – Quais são os desafios de manter um projeto como esse na cena trance brasileira?
Bruno Martins – São milhares!!!! Não somos os primeiros, já teve a Union entre outras com um direcionamento mais misto dentro do psytrance, mas acredito que somos os primeiros que fomos para todo o Brasil. De Norte a Sul, estamos  atingindo cada vez um número maior de pessoas em todo canto do Brasil, claro que ferramentas como o facebook facilitam para que o público conheça o trabalho e busque adquirir a revista pela internet, mas mesmo assim são muitos desafios.
Quando você produz um evento, você já tem um público que frequenta estas festas que vai prestigiar o teu evento, quando você cria roupas, você já tem um público que se veste e vai querer comprar, nós estamos criando um público, nosso foco vai desde o veterano que já produz e tá calejado da cena no Brasil, até o curioso que nunca ouviu falar de pissaitrenci! rsrsrsr
O público ainda está assimilando está nova ferramenta de informação, descobrindo aos poucos o universo que se expande dentro da revista, até agora, estamos sendo bem recebidos por todos.
Outro grande problema é que papel pesa, e muito!
O Brasil é enorme e precisa de uma logística muito boa para distribuir e intensificar essa divulgação pelo país, uma caixa com 300 revistas pesa 27 kilos!
Mas acredito que sem desafios não teria graça! E nosso crescimento têm sido muito orgânico, natural, isso demonstra que é estável, afinal a SKOT veio para ficar e ainda vamos mostrar muita coisa nova para a cena! Aguardem nossa edição de um ano no Universo Paralello!