Aconteceu em Woodstock é um livro que conta a história real do concerto que marcou uma geração, e que também inspirou o filme dirigido por Ang Lee.
Na noite passada estava lendo o livro no intervalo da faculdade, quando me deparei com um trecho muito interessante que lembra um pouco a cultura que tentamos resgatar hoje em algumas festas e festivais. A cada frase que lia naquele trecho eu me arrepiava, lembrando todos os momentos parecidos que eu passei e momentos que ainda quero vivenciar.
Logo abaixo, o trecho de que falei. Espero que gostem.

Aquelas pessoas não eram habitantes de Nova York com quem eu me acostumei a lidar. Não eram materialistas nem famintas por glória e fama. Eram indefiníveis, em grande parte porque rejeitavam tudo que pudesse ser visto como um caminho à grande ilusão conhecida como sonho americano. Eram cabeludos de jeans, tinham um passo tranquilo, andavam descalços, usavam bandanas e eram livres. Muitos haviam pintado o cabelo em tons de laranja, rosa, vermelho, verde, roxo e azul. Outros usavam colares de contas, símbolos da paz e vários tipos de acessórios no cabelo, pescoço, punho e tornozelo. Alguns cultivavam barba desordenada, pouquíssimos tomavam banho com regularidade e menos gente ainda se importava com a aprovação do mundo. Parecia que todos cantavam. Todos riam.  Mas é claro que boa parte das cantorias e risadas era quimicamente induzida. Havia drogas por todos os lados – era como se maconha, THC e LSD tivessem sido legalizados de repente. As pessoas passavam baseados umas às outras abertamente, como se fosse um pacote de biscoito.”

Para quem quiser ler o livro fica aí a minha dica, eu achei um pouco massante no começo mas depois ficou bem legal.