Olá pessoal!
Enfim estamos de volta depois de um mês absolutamente perfeito, agora sim podemos contar com calma todos os detalhes dessa Eurotrip maluca que fizemos.
Vou postar um resumo de cada um dos festivais que presenciamos começando pelo Antaris Festival.

A maioria dos festivais da Europa disponibiliza uma mega assistência para o seu público, então não tivemos problemas para chegar ao Antaris, pegamos um trem em Berlim até uma cidadezinha também na Alemanha e havia uma van na estação esperando pelo pessoal que chegasse.
Chegamos no festival ainda com a pista fechada e depois de sermos rejeitados em três acampamentos encontramos a Thaís, mulher do Murilo Ganesh e fomos acampar com eles.
O Antaris é um festival pequeno e bem familiar, com um pessoal mais velho, muitas crianças e um ambiente super leve.
Foi ali no primeiro dia de festival conversando com a Thaís que eu e o Jefferson percebemos que trance realmente existia e que estava mais vivo do que nunca, uma das coisas que mais nos chamou a atenção foi isso, o trance REALMENTE EXISTE e está bem vivo, foi uma experiencia que nos emocionou muito ver aquela galera se jogando na música.

Aqui no Brasil nas festas que frequentamos vemos muito uma galera que se baseia nos seus “anos de trance”, ou seja, ficam ali no fundo da pista tomando um drink e fazendo um social e se alguém fala para ir na frente da caixa ou se jogar mesmo na música logo se ouve a famosa frase ah isso é coisa de frito, o loco vou em festa a mais de 10 anos não faço isso. Se a linha de raciocinio é essa realmente eu(Jefferson) sou um fritão e me jogo que nem um maluco mesmo.

O Antaris foi perfeito do começo ao fim, havia duas pistas e sempre estava tocando groove, morning, night ou prog nas duas pistas, a tenda alternativa somente alternava os estilos, ou seja, quando rolava fullon em uma na outra rolava progressive trance ou dark trance e vice-versa, esse foi um dos fatores que mais me encantou já que não havia low bpm.

O festival foi super bem organizado, em um vale lindo com uma decoração simples e bonita. Os carros tinham acesso ao camping e o pessoal fazia várias festas nos motorhome, nos três festivais em que fomos você podia entrar com o que quisesse, bebida e comida sem limites, para quem vai de carro é ótimo, pois pode levar muita coisa e o pessoal sempre fazia churrasco nos campings.
Uma coisa que também achei super bacana foram os banheiros, existem duas opções os pagos que ficavam sempre impecáveis e tinham pia com sabonete e tudo mais, por um custo de 50cents, e os não pagos que não tinham essa mordomia toda mas também era limpo constantemente.

Em questão de apresentações fiquei boquiaberto com a quantidade de Djs Sets perfeitos com tracks jamais vistas há lá, em um certo momento presenciei até uma música de um grande amigo nosso do site(Felipo Justo Milennium) ser tocada por algum Dj que não me lembro, fora isso nomes já bem conhecidos do nosso público como Filteria, Ajja, Parasense, Avalon, Earthling,Tristan e muitos outros fizeram a pista “saculejar” destaque para o projeto do Tristan e do Avalon chamado Killawatts me chamou muito atenção com uma atmosfera bem lisérgica ao estilo de Avalon com uma pegada mais agressiva do Tristan com synths bem noturnos

O Antaris serviu para abrir nossa viagem com o pé direito, foi lindo presenciar todos os momentos daquela festa. A galera se joga  pra valer, sem se importar com o que os outros pensam ou falam, lá eles fazem o tem vontade, pulam, gritam, ficam pelados, se jogam no barro, se fantasiam e o melhor de tudo é que ninguém se importa ou critica isso.