Atualmente tenho notado uma mudança comportamental no pessoal que frequenta festas que tem me deixado pensativo e preocupado.

Tenho ouvido falar muito sobre “[highlight]a nata do trance[/highlight]”, são pessoas que se auto intitulam como roots(odeio essa palavra) e que se acham superiores a outras pessoas que também seguem o movimento das festas, certa vez ouvi de uma pessoa no dancefloor algumas frases bem absurdas tais como “ah cara aquela pessoa não é da nata do trance”, ela nem usa roupa de couro ou tem dread” ou então “pára velho na hora do dark o cara ta dormindo“, a bizarrice não para por ai, há varias outras pérolas que nem vou citar porque senão ficaria aqui escrevendo por horas.

Acompanho as festas de trance já faz uns bons anos, sou aficionado por esse movimento mágico e puro em sua essência, já me joguei 2 vezes de corpo e alma largando tudo aqui no Brasil pra poder curtir os festivais lá fora do país, carrego em meu dia a dia muitas coisas boas que o trance me trouxe na vida, mas espera ai não é bem isso que eu imagino como sendo um movimento forte e duradouro e outra coisa também, reparo que isso só existe aqui no Brasil, lá fora a mentalidade das pessoas é outra, a união é muito forte e não importe do que você goste ou não goste.

O trance tem em sua essência absoluta a união, o afeto com o diferente, a miscigenação social diferente de credos e cores, a harmonia dos extremos, o trance foi fundado nas ideias de contra cultura e alternatividade, ou seja, desde do punk mais anarquista até o zen mais puro do mundo fazem parte dessa massa de renovação da consciência.

Vamos parar de criar títulos e criar bolhas e círculos dentro da festa, se você quer usar um óculos espelhado então use, se você gosta de progressive então dance mais e repare menos, se você gosta de dark então dance também, por favor menos regras e mais energia boa.

[highlight]Dance mais, repare menos![/highlight]