Aho, o Festival que acontece na virada do ano em Ilha Comprida (SP) e que agrupa grandes artistas da arte e cultura alternativa das mais diversas plataformas, constrói uma nova forma de abordagem através da música para conscientização sobre sustentabilidade de seu público.
Como uma homenagem aos índios, “Aho” é um termo usado pelos nativos da América do Norte: “Amém, que assim seja”. A valorização da cultura das tribos expande para diversos temas e decoração sustentável do evento, que preparou uma programação que gira em torno de exposições de artes plásticas, performances, intervenções circenses, happening, artesanato, projeções, pirofagia, multimídia, feira mix de troca, teatro, cinema cult, conferências, palestras, instalações, cura nativa, entre muitas outras.
Além de levar DJs e produtores em destaque no Brasil e no mundo das vertentes da música eletrônica, o festival firma parceria com projetos que buscam soluções inovadoras em sustentabilidade.
Para a cenografia do evento, o arquiteto e artista nato Gugu Costa faz a interlocução técnica com Nena Alava, produtora e construtora de eventos deste tipo a mais de 20 anos, e também responsável pela construção do maior evento cultural da Europa, o BOOM FESTIVAL de Portugal. A dupla está à frente da bio-construção e do design sustentável do festival.
A inspiração de Gugu transforma barro e materiais naturais em arte e arquitetura. Esculturas e instalações inspiradas na expressão xamânica ganham vida, como uma obra de arte no centro da pista feita de barro, bambu, fibra de côco e juta dão forma a um totem de 4 animais, somada à pintura de Rodrigo Ecos, responsável pelo conceito artístico do palco principal.
Ecos e o grafiteiro de mão cheia Rodrigo Careca, cuidam da concepção artística do main stage. No quesito musical, quase todos os estados brasileiros têm representantes na pista de dança, fazendo com que o Brasil conheça um pouco mais da Ilha e a Ilha um pouco mais do Brasil. São mais de 300 DJs de estilos variados da música eletrônica e de várias nacionalidades como: Brasil, Ucrânia, Inglaterra, Austrália, Chile, Argentina, Itália, México, Suíça, Espanha, Israel, Bolívia, Peru. Dos projetos de destaque da pista, o festival convidou os italianos de Hypogeo para uma drenagem de EBM / Industrial, para um som mais agressivo, o Projeto Onkel Dunkel da Dinamarca faz a conexão com o dark Trance. O groove é direcionado pelo projeto Men 2 Deep, projeto brasileiro produzido pelo ícone da musica eletrônica Rica Amaral e o argentino Pragmatix, 2012 Live marca variações do groove ao nigtho LIVE do projeto mexicano Lak Ech garante o Bassline sólido e Groove mesclados a um frenesi de sons psicodélicos e percussões. Dos projetos progressivos, o israelense PICK conduz um som que resgata a luz intrínseca do jazz a um nível um tanto quanto inédito de imaginação e os dinossauros alemães de Haldolium gera expectativa de quem já acompanha o movimento da música eletrônica há um bom tempo.
Boa parte da estrutura do festival toma forma graças ao bambu, que teve a concessão do expert Eli Gaia para a realização de todo este exclusivo trabalho. Assim também segue o design da Galeria de Arte do Festival, reservado para obras nos mais variados formatos que apoiam a sustentabilidade, onde o artista baiano Jorge Leite de Mutação Arte, conhecido por transformar garrafas pet e restos de lixo eletrônico em arte, cuida do conteúdo artístico.
O Chillout é sempre uma atração à parte que o público passa boa parte do tempo, local onde acontecem as apresentações musicais de ritmos variados como jazz, blues, reggae, dub, natural sounds, new age, new funk dentre outros. Lá se apresentarão artistas como Banda Pedra Branca, Fauzí – Líder e vocalista da Banda Tribo de Jah,Nação Regueira, Mundo Livre SA, Buguinha Dub (Nação Zumbí) e Thiago Pinheiro (Jazz). Já a pista alternativa estão o DJ e produtor Mandraks, o produtor Re Dupre é quem está a frente de Miami Underground Records, Miami Sessions Records e PopArt Records, Alex S, ícone da música eletrônica, passeia entre o Deep house, e Cosmic Techno com muito groove, estilo e técnica apurada, Renato Cohen, DJ e produtor que iniciou sua carreira de em 1996 no Hell’s club, incorpora o disco, dub, rock, jazz e derivados ao techno-house.
Na orla da praia, Nena Alava e o cenógrafo e bioconstrutor Marco de Nardo (Lelo), desenvolvem uma estrutura simples, bonita e eficiente, que não só vai servir para sombra, mas como exemplo de construção que todas as pessoas podem aprender e replicar.
Mais de 30 oficinas culturais estão dentro do festival, sendo uma das mais cobiçadas as aulas de circo e slack line (equilíbrio sobre fita tencionada). Também as palestras sobre eco-atitude, alimentação vegetariana com o escritor, terapeuta holístico, voluntário da Agenda 21, Geraldo Varjabedian.
As intervenções lúdicas são assumidas pela pirofagia da renomada Biolumini e pela Circoloko Alucinações Performances Psicodélicas, que há 14 anos presente nos maiores Festivais de música eletrônica do mundo inteiro. Com sua pesquisa em constante mutação, conseguem criar uma atmosfera surreal e sinestésica que envolve o público e estimula os sentidos.
Projeto Limpo
Nesta edição, a Physis Soluções em Desenvolvimento Ambiental desenvolve soluções sustentáveis que visam à redução dos impactos ambientais gerados pelo lixo produzido e pela infraestrutura desde quando surge a ideia do evento até a sua total desmobilização.
Reciclagem dos resíduos do evento, lixo orgânico para compostagem, utilização de materiais biodegradáveis, estruturas edificadas com materiais alternativos de menor impacto através da bioconstrução e da permacultura, assim como o reaproveitamento de materiais para a cenografia, decoração e figurinos. Distribuição do microlixo, distribuição de sementes e duchas para banhos com sistema de filtragem da água residual também somam a proposta ecoeficiente do evento.
Os ingressos são limitados e valem R$ 550,00 para todos os dias de evento até o Natal, ou enquanto durar o lote. É permitida a entrada de bebida e comida à vontade, estacionamento é free para ingressos antecipados.
Programação completa, line-up de djs, pontos de venda e mais infos em:
www.facebook.com/ahofestival e http://www.ahofestival.art.
