Gostaria de não me intrometer nesse assunto porém acredito que seja impossível, no começo dessa semana o site psicodelia.org(que de psicodelia só tem o nome) publicou uma matéria comparando alguns grupos com terroristas do oriente médio, os xiitas, para ver o post na integra acesse o link http://www.psicodelia.org/noticias/os-xiitas-do-trance.
É muito fácil sair falando uma coisa que não se tem o domínio, abordando um estilo musical de forma tão preconceituosa, sempre reforço aqui que o Trance é um estilo de vida, uma cultura muito rica onde as pessoas realmente respiram isso e não apenas uma forma de diversão banal e fútil, como o Natan Bueno(Psychowave) mesmo apontou já passou da hora de definir tudo como música eletrônica e misturar o underground com o mainstream, são públicos diferentes, ideias diferentes, atitudes diferentes.
O trance vai muito além da música, o trance é algo que pode ser usado para o bem, para uma mudança comportamental, para uma expansão da consciência que vai muito além do que estamos acostumados, o ato da dança e da celebração não se enquadra simplesmente no quesito divertimento, quando você se conecta profundamente nesse movimento você o vive de forma intensa e única!
Eu vivo escrevendo isso e reforço novamente, o trance está voltando a suas origens de onde jamais deveria ter saído, o UNDERGROUND, depois de um certo tempo sendo foco de grandes produções e uma mídia pejorativa as festas estão se separando, as festas mainstream estão cada dia mais se destacando e deixando o trance de lado e investindo em diversão enlatada, o movimento cultural do trance está cada dia mais se fortalecendo em suas raízes com festas e festivais cada vez mais sérios e bem elaborados.
Eu entendo o porque de tanto burburinho sobre essa matéria, há pessoas que como nós do purpletrance respiram isso, vivem isso, amam isso, esse é o estilo de vida dessas pessoas, elas lutam por isso, elas acreditam nisso.
Essa matéria foi escrita por uma pessoas que não faz parte do movimento, não alcançou talvez um nível de entendimento mais profundo sobre o assunto, por isso tal resultado tão bizonho.
Peço àqueles que discriminam o trance e tem esses pré-conceitos sobre o assunto que nos deixem em paz, não definam tudo como “música eletrônica”, pesquisem sobre o assunto antes de escrever besteiras.
