Enfim conseguimos nos recuperar! Desculpa pela demora e abandono do blog pessoal, é que estava um pouco difícil voltar a realidade depois de uma semana no paraíso.

Bom, vou tentar resumir a nossa experiência mas sem deixar nenhum ponto importante para trás.
O nosso perrengue começou antes mesmo de chegarmos no festival. Escolhemos ir com uma excursão um tanto famosa de São Paulo,  a Turbalada ( só de lembrar desse nome já me dá raiva), saimos de São Paulo com 5 horas de atraso, tudo isso porque o Kadu dono da excursão vendeu lugares a mais no buss e nós não tinhamos como ir.

Depois de tudo resolvido lá fomos nós encarar 32 horas de viagem, chegamos no UP dia 28 antes do almoço, todos cansados da viagem, o camping da alternativa já estava lotado então ficamos próximo do chill out, o que atrapalhou no nosso encontro com o pessoal do blog.
Barracas montadas fomos dar um mergulho no “rio”, que de rio não tinha nada, pois era de água salgada. Sentamos no meio do rio e ficamos observando a praia, era tanta emoção que não tinhamos palavras para descrever o que estavamos sentindo naquele momento, ficamos ali parados apenas olhando, como se tudo aquilo fosse um grande sonho.

Depois de admirar tanta beleza fomos conhecer o resto do festival e paramos na pista alternativa para conferir a apresentação de Tim Healey, eu sou um pouco suspeita para falar isso, mas, para mim foi um dos momentos mais especiais do festival. Estavamos tão entertidos que até perdemos a abertura do main floor, depois de atravessar o festival inteiro de baixo daquele sol fortíssimo chegamos ao local mais esperado da festa e mais uma vez ficamos sem palavras diante de tanta beleza. Passamos a maior parte do tempo no main floor vendo as memoráveis apresentações de diversos dj’s, mas, infelizmente perdemos várias atrações.

Os destaques foram muitos, entre eles Neelix foi um dos mais aplaudidos, a apresentação de Ekanta também foi linda sempre interagindo com o público, foi um daqueles momentos em que eu me perguntava “será que isso está mesmo acontecendo”.

Todas as apresentações foram perfeitas tendo destaque para Analog Drink, M-Theory, Dickster, Sonic Species, Quantize, Fearsome Engine, Headroom, Freakulizer, Tristan, Laughing Budha, E-Jekt e Liquid Soul.
Outra apresentação muito especial foi Rica Amaral que no main floor foi perfeito e no chill out então foi surpreendente, lindo demais.


É muito difícil explicar a sensação de estar em um evento como este, seria uma mistura de sensações que eternizam cada momento vivido naquele local, é impressionante como há mudanças de pensamentos e ponto de vista quando se volta do Universo Paralello, parece que agora depois de muitos anos frequentando raves e eventos de e-music realmente conhecemos este movimento alternativo que chamamos de  “Woodstock do século 21” onde se enfatiza a fundo a contracultura.

Com certeza essa foi a maior experiência que tivemos em nossa vida graças a tudo que vivemos e presenciamos, o que nos gerou uma certa curiosidade e espanto também foi o grande número de estrangeiros que haviam no festival, vimos pessoas de todas as raças, credos, cores, tipos e nacionalidades diferentes criando assim uma atmosfera de grande diversidade.

Certo dia fomos a feira-mix em um estande de legal highs(drogas legalizadas) e conversando com um rapaz que estava lá ouvimos uma frase que dizia tudo sobre o evento, “Aqui é proibido proibir…”, ou seja não há regras, é muito interessante isso já que em um lugar que não há regras há tanta paz, harmonia e felicidade estampada no rosto de cada pessoa que está ali naquele local em seu momento particular.
Mas nem tudo são flores no festival, houve um grande problema quanto a estrutura do evento, a falta de água na região, como todos sabemos o estado da Bahia tem uma grande dificuldade quanto ao abastecimento de água sendo assim em vários momentos não havia água nem para se tomar banho nem para a limpeza dos banheiros criando assim uma ambiente caótico em questão a higiene, outro ponto negativo também foi a falta de consciência do público quanto a suas necessidades fisiológicas(cocô) e poluição do meio ambiente jogando lixo no mar e na mata ignorando assim todos os lixos que a organização do evento disponibilizou.

É extremamente complicado descrever o Universo Paralello, há estórias e estórias para se contar mas se fossemos descreve-las aqui no nosso querido blog com certeza iriamos perder um grande tempo aqui, a única forma de se entender isso é indo e provando cada sensação que é proporcionada pelo festival e pelo momento de utopia social onde a única preocupação que temos é com nós mesmos.