Lembro como se fosse ontem, a primeira vez que vi Lógica (Alok e Baskar) tocar no Universo Paralello, palco principal, pista de frente por mar, horário de pista lotada, foi incrível.
Ao longo de várias edições do UP via os dois meninos andando pelo festival, com o passar dos anos eles foram crescendo, a parceria foi desfeita, agora surgiam carreiras independentes e caminhos totalmente diferentes do que todos imaginavam.

O início


O talento de Alok era inegável desde muleque, todos admiravam sua técnica, aliás, todos admiravam os irmãos gêmeos que fizeram a alegria de muitos marmanjos naquela pista. Quando Alok começou a migrar seu estilo musical houve muitas críticas, afinal, onde já se viu o filho do dono do Universo Paralello tocar esse tipo de som, isso não era aceito.

A mudança no estilo musical foi chegando aos poucos, assim como a mudança do menino que corria de pés descalços na areia da Bahia pro cara mais cobiçado da pista alternativa.
Quem não lembra das plaquinhas “Alok, fala grosso no meu ouvido”? Pois é, o menino cresceu, mostrou a que veio e conquistou o coração até dos mais receosos.

Brazilian Bass


Alok mostrou seu talento, sua evolução e decidiu conquistar o mundo com sua música.
A ideia pareceu estranha no começo, levar a música eletrônica para a grande massa, mas aos poucos ele foi conquistando seu espaço e o famoso Brazilian Bass chegou pra ficar.

Aí surge a grande pergunta, até onde levar a música eletrônica para a grande massa faz sentido? Talvez isso não tenha resposta afinal.
Alok ganhou o respeito de muita gente, e alguns que antes o criticavam, aprenderam a lhe respeitar.  Foi realmente empolgante ver o cara levar sua música para o mundo, representar o Brasil em grandes festivais por aí e mostrar que no Brasil temos grandes talentos.


Quando Alok apareceu no Faustão foi estranho, mas sempre pensando no lado positivo, achei bacana a música eletrônica se popularizar. Achei que seria interessante para as pessoas verem que música eletrônica é muito mais do que a polêmica de drogas.

Ok, ponto para ele. Mas e quando Alok apareceu para tocar no Villa Mix Festival?
Tudo bem né? Ele já havia tocado em vários eventos do gênero.

Creio que não cabe a mim ou você, que está aí lendo esse texto, julgar o que é certo ou errado, ainda mais na carreira de outra pessoa.

Na minha opinião pessoal, acho que misturar música eletrônica com sertanejo ultrapassa um pouco o limite do bom senso. Não estou falando aqui do que gosto ou não gosto, mas sim do que acho válido para agregar ou não na música eletrônica, e creio que o sertanejo não se encaixa em algo que agregue na música eletrônica.  

Mas é isso, gostaria de saber de vocês, o que vocês acham disso tudo?

Deixo abaixo o vídeo do momento em que Alok toca ao lado de Matheus e Kauan.
Vale a reflexão, será que vale mesmo a pena essa popularização?